Na quarta-feira, 18 de setembro, o segundo dia do 31º Encontro Nacional da Rede Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) contou com talk-show e oficinas. O evento híbrido foi realizado de 17 a 20 de setembro, em Manaus/AM, organizado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em parceria com a SE/UNA-SUS.
A primeira atividade do dia, realizada na Sala Márcia Luz – homenagem à assessora pedagógica da UNA-SUS/UFSC, falecida em janeiro - trouxe à tona discussões sobre o papel da tecnologia e da educação na promoção da equidade e da integralidade do cuidado.
A manhã foi marcada pelo talk-show "Tecnologia e Educação pela Equidade na Integralidade do Cuidado", que abriu debates importantes sobre o uso e o desenvolvimento de tecnologias voltadas para o fortalecimento da educação e da formação na área da saúde. As questões principais giraram em torno de como essas ferramentas tecnológicas podem ser aplicadas para garantir a equidade e a integralidade no cuidado oferecido à população.
Durante o painel, especialistas discutiram quais seriam as tecnologias mais apropriadas para enfrentar os vazios assistenciais, que representam a falta de acesso a serviços de saúde em determinadas regiões. Segundo os palestrantes é fundamental compreender quais barreiras, sejam elas educacionais, físicas, estruturais, tecnológicas, culturais, territoriais ou linguísticas, precisam ser superadas.
As tecnologias, conforme foi pontuado, são vistas como potentes instrumentos para garantir que a educação na área da saúde esteja alinhada com as necessidades reais do SUS, proporcionando uma formação contínua e atualizada dos profissionais. A promoção da equidade, que envolve a oferta de cuidados justos e de qualidade para todas as camadas da população, é um dos desafios centrais desse processo.
Tarde de oficinas e reflexões sobre acessibilidade e inovação tecnológica
No período da tarde, o evento seguiu com uma série de oficinas temáticas, aprofundando os debates iniciados pela manhã. A primeira oficina, mediada por Fernando Herkrath, da Fiocruz Amazônia, e Maria do Socorro Bastos, da UNA-SUS/UFPA, discutiu sobre as barreiras para a transposição dos vazios assistenciais. Questões educacionais, culturais, estruturais e tecnológicas foram analisadas, destacando as barreiras geográficas que ainda dificultam o acesso de muitas populações aos serviços essenciais de saúde.
Outra oficina tratou das inovações tecnológicas e suas aplicações nas ofertas educacionais na saúde, mediada por Gilvânia Feijó (UNA-SUS/UnB) e Lina Sandra Barreto Brasil (SE/UNA-SUS). Na ocasião, foi discutido como novas tecnologias podem transformar a educação e o cuidado em saúde, permitindo maior alcance e personalização nos processos formativos.
Já na oficina sobre "Acessibilidade e Equidade na Produção e Oferta Educacional", Vanessa Tuono (UNA-SUS/IFSC) e Cyntia Pace Schmitz Corrêa (UNA-SUS/UFJF) mediaram as discussões sobre como tornar os materiais educacionais mais acessíveis a todas as populações, levando em conta as diferenças linguísticas e culturais, além das condições regionais.
Por fim, a oficina "Formação em Saúde Digital aos Atores Envolvidos nas Ofertas Educacionais", mediada por Ester Massae Okamoto Dalla Costa (UNA-SUS/UEL) e Helian Nunes de Oliveira (UNA-SUS/UFMG), debateu a importância de capacitar profissionais para o uso de ferramentas digitais no ambiente educacional para uma adaptação eficaz às demandas do ensino à distância e às novas tecnologias no contexto da saúde pública.
Desenvolvimento de objetos de aprendizagem
Outra atividade de destaque foi a oficina para o desenvolvimento de objetos de aprendizagem e ambientes Moodle, coordenada por Davyd Darlan Gomes de Oliveira e Josué de Lacerda Silva, ambos da SE/UNA-SUS, realizada na Universidade Federal do Amazonas. Os participantes tiveram a oportunidade de explorar a criação de conteúdos e plataformas que aprimoram o ensino a distância, oferecendo novos recursos para a formação dos profissionais de saúde.